terça-feira, 27 de julho de 2010

Depois do “toque de acolher” Juiz implanta o “toque escolar”

O Juiz da Infância e Juventude de Fernandópolis, Evandro Pelarin, irá implantar o “toque escolar” a partir de 10 de agosto.
 Todo o aluno que for surpreendido pela polícia fora da escola, durante o período de aula, será apreendido e devolvido à escola. De acordo com matéria publicada pelo Diário da Região (27) o Juiz informa que a reincidência os pais poderão responder judicialmente por negligência nos deveres do exercício do poder familiar.

Segundo o Juiz, policiais civis e militares e conselho tutelares terão mandado judicial para interrogar e reconduzir à escola toda a criança e adolescente encontrados na rua durante o período de aula.

O Juiz é atuante defensor dos direitos da criança e do adolescente, em agosto de 2005 ele implantou o “toque de acolher” conhecido como toque de recolher, até hoje em vigor. A medida determina as 23 horas como limite para que o adolescentes fiquem na rua sem os pais. O objetivo é de evitar a exposição dos menores de 18 anos ao álcool, drogas e prostituição. Muito criticado na época, o Juiz mostra os efeitos de sua medida, queda de 37% nos casos de atos infracionais envolvendo adolescentes.

Agora mais uma vez ele sai em defesa dos menores. Com o “toque escolar” Pelarin espera reduzir o numero de alunos que “matam” aula, ficando a mercê de marginais e envolvimento com drogas. Assim como prejudicando o seu desenvolvimento escolar.

Em Fernandópolis o Juiz trabalha em parceria com as polícias civil e militar, conselho tutelar, escolas e prefeitura atuando numa rede de proteção. Parecido com o que acontece em Ipiguá?

Um comentário:

  1. Se os alunos preferem "matar" aula a ficar na escola a ponto de ser necessária uma medida drástica como esta é porque a escola de hoje não é um ambiente interessante para os jovens. Mais do que leis que obriguem o educando a permanecer na escola, precisamos de uma reformulação do sistema de ensino de modo que este se torne interessante para o aluno, em que ele possa perceber a importância da educação em sua vida. Talmbém não é culpar apenas a escola pelo fracasso. É uma mudança não apenas política, mas cultural, social, que passa também pela família. Não sou contra a lei, mas ressalto que não haveria necessidade de tal atitude se as nossas crianças e adolescentes encontrassem na escola um ambiente acolhedor, em que se sentissem principalmente motivados a estudar.

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