domingo, 5 de dezembro de 2010

Escorpiões: cuidados para evitar acidentes

(Artigo escrito pela internauta Miriam Suleiman, que sempre contribui com textos e assuntos interessantes.)


Atualmente vem se falando muito na cidade sobre o aparecimento de escorpiões, portanto esse texto tem como objetivo esclarecer alguns pontos e dar dicas de como minimizar ou eliminar o problema.

Os escorpiões são artrópodes da classe dos aracnídeos, que diferem dos insetos por possuírem quatro pares de patas e não possuírem antenas. As principais espécies responsáveis por acidentes graves com seres humanos são Tityus serrulatus, conhecido como escorpião amarelo, com pernas e cauda amarelo-clara e corpo escuro, medindo cerca de 7 centímetros, e Tityus bahiensis, ou escorpião marrom (ou ainda chamado de escorpião preto), possui corpo escuro, pernas com manchas escuras e cauda marrom-avermelhada, medindo também cerca de 7 centímetros quando adulto. Ambas as espécies podem ser encontradas no estado de São Paulo.

Como fazer o controle dos escorpiões? De acordo com o inciso 10 do art. 3º da Portaria MS/GM nº 1.172, de 15 de junho de 2004, referente à organização do Sistema Único de Saúde (SUS) e às atribuições relacionadas à vigilância em saúde, compete ao município o registro, a captura, a apreensão e a eliminação de animais que representem risco à saúde do homem, cabendo ao estado a supervisão, acompanhamento e orientação dessas ações. Portanto, é preciso identificar e conhecer a distribuição de escorpiões para planejar as estratégias de controle. Após o monitoramento e avaliação das áreas de maior concentração e ocorrência, é necessário realizar a busca ativa, que consiste em manipular locais onde possa haver a presença desses aracnídeos, como entulhos, materiais de construção, terrenos baldios, armazéns, cemitérios, locais com esgoto a céu aberto, etc, que são ambientes propícios à proliferação desses animais, com o objetivo de capturá-los. As áreas internas e externas das residências também devem ser vasculhadas. Alguns dos locais onde podem ser encontrados são assoalhos e rodapés soltos, ralos, roupas e sapatos, móveis, batentes de portas e janelas, além de locais com material de construção, lixo domiciliar, troncos, galhos, folhas caídas, frestas e vãos de muros, etc. É importante salientar que essa busca deve ser feita por profissionais de saúde devidamente equipados, para garantir a segurança e evitar acidentes.

O que a população pode fazer? A principal forma de combater os escorpiões é, além de sua retirada e coleta pelas equipes de saúde, o controle do ambiente de forma a desfavorecer a sua proliferação. Portanto, manter o quintal limpo, remover materiais de construção e entulhos, limpar e não jogar lixo em terrenos baldios, eliminar as fontes de alimento de escorpiões (baratas, grilos, aranhas e outros pequenos invertebrados), rebocar paredes para eliminar vãos e frestas, evitar o acúmulo de lenha e folhas são algumas das ações que podem contribuir para reduzir a proliferação de escorpiões.

Vale ressaltar que a captura e coleta de animais é regulamentada por lei, portanto somente os técnicos ou profissionais autorizados podem realizar esse serviço.

Com o apoio do poder público e da população, o problema pode ser eliminado, basta boa vontade de todos antes que acidentes graves possam ocorrer.

Um comentário:

  1. Bom artigo Miriam vale lembrar que em Ipigua tem ocorrido o do tipo amarelo. Tenho ouvido varias reclações da população. Fica ai o alerta e dedicação dos órgãos competentes municipal.

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