quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Projeto para instalação de duas usinas de energia elétrica no rio Turvo

O Grupo Encalso preve investimentos de R$ 154 milhões na construção de duas Pequenas CentraisHidrelétricas (PCHs) que vão abranger áreas nos municípios de Riolândia, Paulo de Faria, Pontes Gestal e Palestina.


A produção das duas unidades deverá atingir 135 mil megawatts por ano, sendo a PCH Talhados e PCH Foz do Preto respectivamentes nos municípios de Palestina e Paulo de Farias. O consumo de energia equivale as cidades de Mirassol, Santa Fé e Catantuva.

O projeto da Encalso prevê que a PCH Talhado terá geração de 55.275 megawatts por hora médios e queda liquida de 24 metros. Para a formação do reservatório, a área inundada deve chegar a 2,2 km quadrados. A profundidade máxima do lago é projetada em 12 metros e a média é de cinco. O tempo de enchimento deve ser de 2,5 dias. Ela será construída acima da queda do talhadão, mantendo o local.

A PCH Foz do Preto terá uma geração de 72,445 MW/h médios, com uma queda líquida de 16 metros. A área inundada será de 5,7 km quadrados. A profundidade máxima do reservatório será de 15 metros e a média será de oito metros. O tempo previsto para enchimento do reservatório previsto é de oito dias.

O projeto de construção das PCHs também prevê projetos ambientais. Neles estão incluídas, entre outras, ações de monitoramento do lençol freático, recuperação de áreas degradadas e monitoramento de flora e fauna.

Pequena Central Hidrelétrica, ou abreviado simplesmente PCH, é toda usina hidrelétrica de pequeno porte cuja capacidade instalada seja inferior a 30 MW.

São classificadas em MICRO (potência < 100 kW), MINI (entre 100 e 1000 kW) e PEQUENA (entre 1 MW e 30 MW). São também classificas conforme o desnível da queda d'água (cf. ANEEL e CNDPCH).

Uma PCH típica normalmente opera a fio d'água, isto é, o reservatório não permite a regularização do fluxo d´água. Com isso, em ocasiões de estiagem a vazão disponível pode ser menor que a capacidade das turbinas, causando ociosidade. Em outras situações, as vazões são maiores que a capacidade de engolimento das máquinas, permitindo a passagem da água pelo vertedor.

Por esse motivo, o custo por kW da energia elétrica produzida pelas PCHs é maior que o de uma usina hidrelétrica de grande porte, onde o reservatório pode ser operado de forma a diminuir a ociosidade ou os desperdícios de água. Entretanto, são instalações que resultam em menores impactos ambientais e se prestam à geração descentralizada.

Este tipo de hidrelétrica é utilizada principalmente em rios de pequeno e médio portes que possuam desníveis significativos durante seu percurso, gerando potência hidráulica suficiente para movimentar as turbinas. Segundo a ANEEL, a capacidade instalada das PCHs em 2007 no Brasil é cerca de 1.231 MW.

Este tipo de implantação pode ser questionável, em função dos impactos que venha a causar, principalmente no potencial turístico das cachoeiras que possam desaparecer. Isto no entanto nem sempre é um potencial real, pela falta de infra-estrutura em torno da paisagem, incluindo dificuldade de acesso. As compensações acordadas com os órgãos de licenciamento podem se restringirem a cuidados ambientais obrigatórios, reflorestamentos em algum lugar, caso o projeto seja aprovado após as análises técnicas e de impactos ambientais.

Como grande vantagem das PCHs é possível destacar o enorme potencial não aproveitado no Brasil. Onde mesmo em regiões onde o aproveitamento hídrico por grandes e médias usinas já está esgotado, como na região sudeste, ainda existem grandes possibilidades de aproveitamento para pequenas centrais. Este potencial não aproveitado e disperso quando totalizado é muito mais benéfico que a construção de grandes usinas no norte do país, distantes dos centros de consumo.

A proximidade dos aproveitamentos dos centros de consumo ajuda muito em quesitos técnicos, como a redução de perdas no sistema, redução da necessidade de transmissão de energia por longas linhas, promovem um melhor perfil de tensões elétricas e suporte de energia reativa, melhorando assim a eficiência e rendimento do sistema elétrico como um todo.

Além de gerar muitos empregos regionais à localidade e dispersos pelo país, sem a necessidade de migração de mão-de-obra e os problemas aliados a isso. As PCHs promovem a oportunidade de investimento muito mais para pequenos e médios investidores do que bancos e instituições financeiras, obtendo assim um melhor retorno do investimento. O que também promove a oportunidade de investimento com lucratividade para muitas pessoas físicas e jurídicas, que atualmente oferecem um grande potencial de investimento imobilizado nos bancos, ajudando a economia do país e principalmente da região.

Com o desenvolvimento e estabelecimento de políticas de apoio, incentivo e suporte, a evolução das PCHs irá reduzir a necessidade de investimentos em grandes hidroelétricas, termoelétricas e linhas de transmissão. Aliado a isto, a crescente geração e aproveitamento dos recursos hídricos pode facilmente suprir as necessidades de crescimento da capacidade de geração, sem a necessidade de grandes investimentos ou intervenção por parte do Estado. Estas são grandes vantagens tanto no quesito de impacto ambiental e na segurança do fornecimento elétrico do país. (fonte: ANEEL-Agência Nacional de Energia Elétrica )

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